domingo, 30 de março de 2008

Péantepé Dança - Como chegamos até aqui

O projecto péantepé tem as suas raízes no intensivo trabalho desenvolvido nas aulas de Dança da Prof. Fátima Piedade, no Atlético Clube de Moscavide, ao longo de vários anos. Desde 1980 que a Professora lecciona Dança Clássica e Contemporânea neste mesmo espaço, trabalhando com classes de diferentes níveis. O seu principal cuidado tem sido, por um lado, o de dar a conhecer a Dança como expressão artística, por excelência, transmitindo a técnica sempre ao serviço da arte que a significa, e, por outro, o de a divulgar como lugar de celebração de vida, acessível a diferentes públicos. Neste sentido, não só desenvolve com grande exigência a vertente formativa como aposta ainda numa dimensão performativa e fortemente criativa, pelo que tem dirigido e coreografado diversos espectáculos que surgiram por iniciativa própria ou a convite de diversas entidades e que tiveram lugar nos mais variados espaços.

O rigor desta aprendizagem, aliado ao desafio e ao prazer da experiência de palco permitiram às alunas alcançar um nível elevado. Inspiradas por este processo, algumas optaram por seguir o ramo profissional da Dança na área do ensino, do espectáculo ou até na área de produção, onde se destacam com elevado mérito - caso de Amélia Bentes, bailarina e coreógrafa de renome, Ana Silva, professora na Escola Superior de Dança e de Catarina Câmara, bailarina na Companhia Olga Roriz. Todas elas continuam a reavivar os antigos laços com a “escola” que as impulsionou, contribuindo com formação, assistência coreográfica ou, mesmo, participando como intérpretes em espectáculos.

O esforço conjunto, a resistência diária e a partilha de uma grande paixão, germinaram um espírito de ambição que conduziu, espontaneamente, à formação de um só corpo que se sonha mais longe. Nasceu assim o grupo péantepé, constituído por pessoas unidas pela experiência das aulas da professora Fátima Piedade e pela vontade de desenvolver e comunicar uma vertente artística e performativa, para além do trabalho normalmente desenvolvido nas aulas. Péantepé, o grupo cresce e renasce, abrindo-se cada vez mais ao experimentalismo, ao confronto com diversidades coreográficas e ao desenvolvimento de criatividades e potencialidades individuais. Do trabalho conjunto, germina o projecto péantepé dança cuja estética traduz uma profunda consciência da contemporaneidade e que tem raízes fundas em laços de partilha e amizade.

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